quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Perdidas na noite


É incrível e deprimente ver tanta hipocrisia alienada, uma sociedade que muitas vezes se julga amável, caridosa, fraterna e até cristã, é a mesma sociedade que explora e ceifa vidas de muitas jovens brasileiras.
    É alarmante e está claro a triste realidade da prostituição nos municípios brasileiros, são resultados indesejáveis e amargos de um Sistema Falido Capitalista Neoliberal, que transforma a vida em mercadoria. São garotas e garotos jovens, adultos e até crianças no sub mundo do sexo pelo capital,no município de Aurora-CE não é diferente a realidade.Basta entardecer para que se posso observar em vários pontos da cidade jovens em especial do sexo feminino a procura de vender seu corpo buscando o prazer maior(o dinheiro). Sem nenhuma perspectiva de vida.falo com autoridade sobre o assunto pois realizo juntamente com uma forte militância jovem um trabalho pastoral com a juventude no qual observamos com ar de tristeza esses fatos que cercam a nossa juventude, a nossa cidade o nosso futuro.
    Existe ainda no meio da massa social quem afirme que muitas  caem nessa vida por que gostam, que absurdo, e por gostarem e usando de pura ignorância citam: “Elas não um bando de vagabundas sem vergonha”.Lamentável ver que ainda existe gente de pensamento tão estreito.
    Precisamos acreditar que como jovens que somos podemos construir outra nação com outra política, e acima de tudo um novo sistema tem que nascer que seja extremamente livre desse atual capitalista neoliberal avassalador selvagem que rola milhares de cabeças todos os dias.

Lamharck Dias
Assessor de Juventude
Estudante

Os tucanos, o golpe e a democracia de ocasião

O desespero tomou conta de vez da campanha tucana para a presidência da república. Serra e a velha direita não conseguem compreender um novo momento na política brasileira, dirigida agora por um partido que já foi de esquerda e que hoje opera na base da cooptação das lideranças populares e na castração das forças dos movimentos sociais. O PT colocou a quadrilha tucana no bolso porque a elite empresarial e a burguesia brasileira nunca lucraram tanto, ao mesmo tempo que o Partido dos Trabalhadores utiliza uma blindagem formada por sindicatos, movimentos sociais cooptados e políticas de divisão de renda. Lula sobreviveu a vários escândalos do seu governo e completará os oito anos de mandato com a conciliação de classes que o PT sonha. Dilma vem no embalo da continuidade desse modelo, que é excludente e desideologizado, mas que conseguiu apoio popular durante o governo Lula.

A essência tucana não enxerga o contexto da disputa... o reduto tucano virou uma casta política, que vendeu o país em oito anos e que representa um grupinho de interesses ligados ao pensamento ultra-conservador. Atualmente, sobrou para o PSDB o lócus da ultra-direita, desprezada pelo povo e sufocada pela máquina política e eleitoral criada pelo PT.

Na vitrine dos partidos da ordem, onde também estão DEM, PTB, PDT, PT, PCdoB, PV e todos os outros partidos ligados ao capital, o método utilizado pela facção criminosa em torno de Serra remonta aos piores tempos da história contemporânea do Brasil. O golpe e a vitória longe das urnas não condiz mais com a estrutura política brasileira.


Estrutura essa que é limitadíssima do ponto de vista da participação popular e que a cada pleito que enfrenta torna as campanhas cada vez menos politizadas. Para a população sobra o descontentamento e a desilusão. O povo brasileiro, cansado de conviver com denúncias de corrupção oriundas de todos os blocos políticos que administram o capital (seja o PT ou PDSB) agora assiste a já naufragada tentativa de levar Serra à presidência por fora da disputa política. O "tapetão" disse não ao golpe da extrema direita, também seria demais, encarar as eleições brasileiras, que já são dominadas pelo poder econômico, como uma "batalha de Itararé", negociada e resolvida ao pé do telefone.

A reta final da campanha de Serra promete piorar o nível dos argumentos, outrora exilados, a dupla FHC e Serra sonham reeditar 1964.
 

Victor Emmanuel
Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil
Estudante de História na Universidade Regional do Cariri
 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Hora de votar: E agora, Zé Brasil?


    "Ah! Mais uma ladainha sobre conscientização política!" Sim, é isso mesmo. As eleições se aproximam e cada vez mais parece que essa tão repetida "ladainha" não entra na cabeça de quase ninguém.
    Independente da orientação política, estamos cansados de saber que a situação em que a política brasileira se encontra é lastimável, com os inúmeros e bem conhecidos casos de corrupção, desvios de verbas e abusos de privilégios que os ocupantes dos nossos tão importantes cargos políticos possuem. Logo, todo mundo clama por mudanças, ou então diz que odeia política por achar que o termo é sinônimo de safadeza e roubalheira. Certo, então esqueçamos toda essa história de política e vamos deixar qualquer humorista idiota (seja ele profissional ou não), entrar na nossa casa, se apossar dos nossos bens e fazer deles o que bem entender. Não. Com certeza o caminho não é esse, e se você acha que é, você é mais um desses tipos abomináveis que só querem fazer do povo brasileiro um burro de carga.
    Então... após as eleições, se não tivermos parado para pensar na hora do voto, o que teremos? Mudanças? Mudanças de que? De personagens? Do velho jogo das cadeiras? Do velho jogo dos cargos? Na verdade, nada irá mudar. Continuaremos com o mesmo status de enorme curral eleitoral de sempre. E de que vale mudar de esquerda pra direita, ou vice-versa se a população não sabe o que isso significa?
    Mais uma vez o que se vê é uma magistral aula de politicagem, onde o que prevalece é o me dá o teu, que eu te dou o meu, e sabemos muito bem quem sai perdendo nessa história.
    Culpa exclusiva da população? Talvez. Mas a consciência de um povo não se faz da noite pro dia, esperando que o pobre necessitado deixe de ser um bodegueiro do voto para ser um cidadão politizado e consciente. A necessidade faz o hábito e o hábito faz o monge. E Deus quer que o monge continue sendo monge, certo? Sim, porém não justo.
    Seria bom se todo mundo parasse de se enganar enganando os outros, fingindo que a política está um caos e não há nada o que fazer, simplesmente por uma questão de preguiça. Se a população não quer se mobilizar a favor do próximo, que se mobilize ao menos por interesse próprio, cobrando o que é seu de direito, e eu não falo de cargos públicos ou pequenos mimos, mas sim de uma política efetiva, voltada para o que sempre foi o plano secundário, ou seja, a população.

Mário Delima Freire
Ativista Sócio-Político
Aurorense de corpo e alma

MÍDIA PARA O JOVEM OU JOVEM PARA A MÍDIA?


    É inconcebível a ideia de que alguém acredite nessa história de que a “mídia jovem” é feita baseada no comportamento dessa faixa etária, ou seja, um espelho da juventude.
    Cada vez mais o jovem se torna um ponto central do mercado, oferecendo uma ótima chance de investimento. Então, por quê não usar todos os meios para encontrar aí mais compradores e, consequentemente, mais lucro?
    É exatamente aí que a mídia entra. Só que o gasto modelo de publicidade manjada não atingiria o alvo em cheio. Nada mais fácil para impor uma uma ideia do que impondo uma cultura. E é isso que se vê hoje em dia na TV, na música, em todos os veículos de mídia. Os chamados “modismos” estão impregnando tudo. É a mídia impondo aos jovens padrões de beleza, de comportamento, opiniões pré-fabricadas e, pior ainda, preconceituosas, descaracterizando totalmente a capacidade intelectual pessoal, a individualidade.
    O que temos hoje é um jovem passivo, receptor, que apenas engole o que lhe é entregue, mostrando sua incapacidade de reflexão, de jugamento. Se ele não consegue avaliar o que é bom para si mesmo, ele não tem controle sobre sua vida, ficando sujeito à todo tipo de manipulação, principalmente a do mercado.
    O mais triste é ver que para o jovem tomar consciência, precise apanhar até sangrar, como ocorreu no período da ditadura militar, uma das épocas ao mesmo tempo mais sombrias no cenário político e mais rica para a cultura brasileira. O que acontece é que a Ditadura acabou, mas inúmeros fantasmas dela persistem até hoje, só que mascarados, e os detentores do poder fazem de tudo para ocultá-los e gerar esse clima enganoso de paz.
    Não faltam motivos para revolta, para protesto, para o reinício do real movimento jovem. As mazelas continuam por aí, as desigualdades persistem, só basta à juventude abrir os olhos e retomar consciência do seu papel na sociedade.
    Não precisamos de uma mídia chula ditando nosso comportamento, ou nos agrupando nas denominadas “tribos”, que são apenas grupos consumidores. Queremos uma mídia informativa, cultural e enriquecedora, não uma mídia modeladora, manipuladora e apenas mercantilista.

Mário Delima Freire
Ativista Sócio-Político
Aurorense de corpo e alma

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Não queremos homenagens! RESPEITO BASTA!


    Homenagem à classe negra em nosso país não é nenhuma novidade.As manifestações são as mais diversas, até blusas com frases RIDÍCULAS são lançadas como: “100% Negro”. 
    O fato é que nós negros não precisamos de homenagem afinal por que homenagear algo ou alguém semelhante em todos os sentidos comuns?para que cotas ou coisa assim? Para que me exaltar por minha cor? Tem certeza que isso é buscar a igualdade racial? Se fosse o caso teríamos que render homenagens a todos os povos  do Brasil e do mundo pois a eles cada um em sua particularidade carrega alguma marca de diferente, portanto verificamos um alto grau de preconceito entranhado nas “ Singelas” homenagens a nós POVO NEGRO, precisamos dar um CHEGA nisso afinal se somos iguais perante a constituição federal por que precisamos de homenagens?(olha os bichinhos, são pretinhos, sujos), que porra de pena!
    Nos chame de Negro,Preto, Cinzento e mais o que quiser, somos pretos mesmo e não diferentes, somos do mesmo mundo, do mesmo planeta, somos comuns, povo brasileiro que merece respeito e dignidade e não homenagens de alguns instantes.

Lamharck Dias
Assessor de Juventude
Estudante

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

SOCO NA BOCA DO ESTÔMAGO DA IGNORÂNCIA

Para os que acham que o Cariri é apenas uma microregião situada no interior cearense, aqui vai uma resposta: Somos isso e muito mais do que os olhos do Brasil podem ver.
Chega à Web o blog Esporro Cariri, com a proposta de mostrar as veredas e formas que o Cariri está tomando, com uma revolução cultural cada vez mais visível.
Abrir caminhos, recuperar os que se fecharam e, acima de tudo, mostrar as feridas abertas que se recusam a se fechar nesse povo caririense, atingido, como todo o brasileiro, pelo poder de grandes que não se cansam de causar o sofrimento de uma maioria que acaba tomando cara de minoria, sem voz.

A REVOLUÇÃO É AQUI. É AGORA. É DO CARIRI. É DO BRASIL.

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ESPORRO CARIRI: UM SOCO NA BOCA DO ESTÔMAGO DA IGNORÂNCIA